Mostrando postagens com marcador comunicação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador comunicação. Mostrar todas as postagens

sábado, fevereiro 24

Instituições financeiras terão que criar Ouvidorias

Segundo reportagem da Folha hoje, o Banco Central deve determinar a criação de Ouvidorias em todas as instituições financeiras.

Serão atribuições das ouvidorias: receber, registrar e dar tratamento a reclamações de clientes e usuários das instituições financeiras; prestar esclarecimentos sobre o andamento das demandas e as providências adotadas em até dez dias úteis após o início do processo; informar qual o prazo previsto para uma resposta final caso a inicial não for conclusiva; sugerir medidas corretivas à diretoria do banco; e elaborar e encaminhar relatórios sobre as ações da ouvidoria.

O que chama a atenção é que será necessária a medida para que as instituições financeiras façam uma coisa que deveriam fazer espontaneamente: criar um canal de comunicação direto com seus clientes, um canal que procure a solução dos problemas do ponto de vista deles.

É verdade que as instituições financeiras estão lucrando como nunca. Mas, como diz o ditado, não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe. A maior liberdade para trocar de bancos, inclusive com pendências de crédito, logo vai tornar a disputa pelo cliente mais acirrada. Quem sair na frente certamente vai se beneficiar.

Comunicação bem feita só faz bem.

segunda-feira, fevereiro 12

Comunicação mal feita derrubou o muro de Berlim

É incrível, mas o que precipitou a Queda do Muro de Berlim, que causou uma reviravolta na História, foi... uma comunicação mal feita.

Pelo menos é o que nos conta o ex-diretor da CIA, Milt Bearden, no livro "O grande inimigo: a história secreta do confronto final ente CIA e KGB", que escreveu com o jornalista James Risen.

Segundo Bearden, o tiro de misericórdia na URSS não foi dado pela CIA, mas pelo acaso, com a ajuda da CNN.

Na noite de 9 de novembro de 1989, coube a um obscuro assessor do pressionado presidente alemão oriental Egon Krenz a missão de anunciar novas regras para viagens entre o país e os vizinhos aliados.

A mudança era apenas cosmética, mas o assessor, Gunther Shabowsky, não tinha sido devidamente instruído e deu uma entrevista coletiva totalmente desastrada. Esqueceu-se de uma informação crucial ao suprimir a exigência de passagem por um terceiro país da Cortina de Ferro (era proibido cruzar direto para a Alemanha Ocidental).

Como reflexo quase instantâneo, os alemães orientais que ouviram as palavras do assessor pelo rádio ou assistiram à entrevista pela TV correram para o Muro de Berlim. Queriam atravessar para o lado ocidental.

A guarda, que também ouviu o assessor, confusa com o anúncio, abriu passagem.

Do outro lado, na Alemanha Ocidental, a CNN e milhares de pessoas, incluindo agentes da CIA, os aguardavam.

Não havia mais como voltar atrás.

Caía o Muro de Berlim.

O século 20, na prática, acabava ali.

E ainda há quem julgue que a Comunicação não é fator estratégico...