terça-feira, maio 15
Empresários contam com blogueiros para atingir clientes
GHOST BLOGGER
Empresários contam com blogueiros para atingir clientes
Se os blogs começaram como diários virtuais e evoluíram para espaços de exposição de idéias e informações, hoje atingiram um novo patamar: o de ferramenta de marketing. Empresários descobriram que o ato de blogar pode dar destaque a seu negócio, fazer com que as pessoas comentem seu produto, criar uma relação com os consumidores, investidores e parceiros e levar a companhia a ter melhor posicionamento nos resultados de pesquisas online de portais de peso como Yahoo! e Google.
Mas como fazer para ter um blog de qualidade, escrito de maneira clara, concisa e eficiente? E como ter tempo para, além de administrar uma empresa, administrar também uma página interativa de internet? Destas perguntas surgiram um novo cargo, o de "ghost blogger". Assim como os "ghost writers", escritores que ajudam supostos autores a produzir sua obra, firmas de webdesign têm feito o trabalho por empresários-clientes que querem ter "blogs corporativos" mas não escrevem bem – ou simplesmente não têm tempo para fazê-lo.
Impacto nas pesquisas
"[Nossos clientes] entendem o valor [dos blogs], mas não têm tempo para isso", explica Nancy McCord, proprietária da McCord Web Design, nos EUA. A companhia possui um time de quatro autores freelancers, e 80% de seu trabalho envolve escrever textos em blogs em nome dos clientes.
Nancy fez recentemente uma pesquisa dentro de seu próprio negócio. Ela analisou três sítios construídos por sua empresa para agentes de seguro independentes. A diferença era que apenas um deles tinha um blog. Basicamente, este sítio gerava de 25% a 35% de tráfego a mais do que os outros dois – provavelmente por causa do impacto que o blog tinha nos resultados de busca.
"O Google é o rei das buscas, e o Google quer conteúdo fresco todo dia", resume Mary Gillen, que também trabalha com freelancers para alimentar sua crescente rede de clientes à procura de autores fantasmas para seus blogs.
Ética na blogosfera
O uso dos ghost bloggers, apesar de prático, levanta questões éticas relacionadas à relação de confiança estabelecida entre os blogueiros-empresários e seus leitores. Por esta razão, os autores dizem ser essencial que seus textos reflitam fielmente a personalidade e opiniões dos clientes. Caso isso não ocorra, corre-se o risco de perder a confiança que o verdadeiro dono do blog ganhou de seus consumidores. Por esta razão, os fantasmas costumam pedir que os empresários-clientes chequem todas as informações antes que elas sejam postadas no blog.
Mas há quem duvide da eficácia da prática – ou, para ser mais exato, há quem não concorde com a prática. "Você está construindo uma relação genuína com sua audiência", diz Stephen Turcotte, CEO da Backbone Media, empresa que ajuda clientes a melhorar seu posicionamento em resultados de buscas online. "Como você construirá esta relação se a pessoa que escreve os comentários não é quem diz ser?". Turcotte orienta seus clientes a não contratar ghost bloggers. Ele espera ajudar a preservar a reputação da blogosfera. Informações de Tony Kontzer [Investor’s Business Daily, 9/5/07].
sábado, fevereiro 24
Instituições financeiras terão que criar Ouvidorias
Serão atribuições das ouvidorias: receber, registrar e dar tratamento a reclamações de clientes e usuários das instituições financeiras; prestar esclarecimentos sobre o andamento das demandas e as providências adotadas em até dez dias úteis após o início do processo; informar qual o prazo previsto para uma resposta final caso a inicial não for conclusiva; sugerir medidas corretivas à diretoria do banco; e elaborar e encaminhar relatórios sobre as ações da ouvidoria.
O que chama a atenção é que será necessária a medida para que as instituições financeiras façam uma coisa que deveriam fazer espontaneamente: criar um canal de comunicação direto com seus clientes, um canal que procure a solução dos problemas do ponto de vista deles.
É verdade que as instituições financeiras estão lucrando como nunca. Mas, como diz o ditado, não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe. A maior liberdade para trocar de bancos, inclusive com pendências de crédito, logo vai tornar a disputa pelo cliente mais acirrada. Quem sair na frente certamente vai se beneficiar.
Comunicação bem feita só faz bem.
segunda-feira, fevereiro 12
Comunicação mal feita derrubou o muro de Berlim
É incrível, mas o que precipitou a Queda do Muro de Berlim, que causou uma reviravolta na História, foi... uma comunicação mal feita.
Pelo menos é o que nos conta o ex-diretor da CIA, Milt Bearden, no livro "O grande inimigo: a história secreta do confronto final ente CIA e KGB", que escreveu com o jornalista James Risen.
Segundo Bearden, o tiro de misericórdia na URSS não foi dado pela CIA, mas pelo acaso, com a ajuda da CNN.
Na noite de 9 de novembro de 1989, coube a um obscuro assessor do pressionado presidente alemão oriental Egon Krenz a missão de anunciar novas regras para viagens entre o país e os vizinhos aliados.
A mudança era apenas cosmética, mas o assessor, Gunther Shabowsky, não tinha sido devidamente instruído e deu uma entrevista coletiva totalmente desastrada. Esqueceu-se de uma informação crucial ao suprimir a exigência de passagem por um terceiro país da Cortina de Ferro (era proibido cruzar direto para a Alemanha Ocidental).
Como reflexo quase instantâneo, os alemães orientais que ouviram as palavras do assessor pelo rádio ou assistiram à entrevista pela TV correram para o Muro de Berlim. Queriam atravessar para o lado ocidental.
A guarda, que também ouviu o assessor, confusa com o anúncio, abriu passagem.
Do outro lado, na Alemanha Ocidental, a CNN e milhares de pessoas, incluindo agentes da CIA, os aguardavam.
Não havia mais como voltar atrás.
Caía o Muro de Berlim.
O século 20, na prática, acabava ali.
E ainda há quem julgue que a Comunicação não é fator estratégico...
sexta-feira, dezembro 22
"Nós" vence "You" na revista Time
Não vou ficar aqui exaltando a importância desse(s) "Nós", não só porque ela já foi devidamente festejada com a premiação da Time original, mas também porque como, evidentemente, estou incluído nesse(s) "Nós", seria cabotinismo.
Gostaria de agradecer a companhia dos que visitaram regularmente este blog durante o ano, incluídos aqui os "indignados úteis" - aos quais, mais uma vez, aproveito e aconselho a leitura de um conto de Kafka, chamado Uma Mulherzinha -; agradecer também aos leitores esporádicos e, especialmente, aos que deixam seus comentários e tornam a tarefa de blogueiro possível.
Como já fiz no ano anterior, peço a todos os que me linkam em seus blogs ou páginas pessoais que me informem seus endereços para que eu possa retribuir a indicação aqui no meu blog, reforçando ainda mais o(s) "Nós" da rede.
Um grande abraço, Feliz Natal e um 2007 melhor para todos "Nós".
Antônio Mello
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quinta-feira, novembro 23
Entrevista com Fábio Cipriani, autor do livro Blog Corporativo
Fábio Cipriani - Diferença: Sob o ponto de vista de voz, nenhuma diferença. Um blog corporativo não é uma empresa falando, é uma pessoa ligada a, ou representando a empresa. Quanto mais um blog corporativo der um rosto para a empresa, e se parecer com as opiniões e preocupações de uma pessoa, melhor ele será. A diferença fica somente no objetivo do blog.
Ponto Comum: Todos eles fazem parte de uma conversação e interação entre pessoas de forma rápida e instantânea, gerando conhecimento e criando comunidades. Todos os blogs são partes da blogosfera, que é o universo de pessoas que escrevem e lêem blogs, gerando uma inteligência e uma dinâmica nova no mercado e hábitos de consumo.
Como você vê a conversa entre a Blogosfera Corporativa e a Blogosfera no mundo Web?
Fábio Cipriani - As discussões e o conteúdo dos blogs voltados exclusivamente para negócios são, de fato, diferentes da esfera dos blogs como um todo. Mas as conversações devem acontecer e se misturar para que tenhamos o efeito de uma melhor relação empresa/mercado. Se isso não ocorrer, não tem sentido criar um blog. Se uma empresa não quer ficar respondendo comentários, não tem sentido criar um blog.
Partindo do princípio que temos indivíduos, e não entidades ou departamentos por trás de um blog, as conversas entre essas duas partes (que na verdade é uma única blogosfera) são mandatórias. Blogs sem conversas não existem, por isso, quando pensamos em blogs, a idéia de conversa está embutida.
Se a sua empresa está na categoria das que não querem abrir essa porta para o mercado, muito em breve ela poderá estar defasada em relação aos seus concorrentes. Os consumidores ganharam novos poderes com a internet e agora com os blogs. Tudo o que você faz ou diz está sujeito a conversações na blogosfera.
(...) A adoção do blog corporativo por parte das empresas deve ser uma decisão muito bem estudada antes de ser colocada em prática, existem diversos fatores que devem ser analisados como budget, disponibilidade de pessoal, políticas de uso, processos afetados, entre outros.
Entrevista originalmente publicada no Carreira Solo, onde pode ser lida na íntegra, clicando aqui.
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terça-feira, novembro 7
A febre dos Blogs Corporativos
A Microsoft buscou subsídios para desenvolver seu novo sistema operacional, o Windows Vista, entre os comentaristas de seu blog. Não é à toa que para Bill Gates "o blog é a ferramenta corporativa do futuro".
O presidente da Sun Microsystems também tem um blog, em dez línguas diferentes, para falar com internautas e consumidores Sun do mundo inteiro.
Essa febre já está chegando ao Brasil. No setor bancário, por exemplo, o presidente do HSBC, Emilson Alonso, se comunica via blog com funcionários, usando a intranet.
E meu objetivo ao abrir esta seção do Blog do Mello dedicada às Empresas é comentar a utilização dos blogs no mundo corporativo. Pois o blog é uma ferramenta com linguagem específica, e sua implantação - embora simples e baratíssima - exige conhecimento de sua gramática particular.
Você já pensou num blog para se comunicar com seus clientes e/ou sua equipe? É muito mais prático, rápido e eficiente que a comunicação via e-mail ou as páginas web tradicionais. E também muito mais criativo e cooperativo.
Para escrever este blog, conto com sua participação. Sugira temas, aponte blogs corporativos para que possamos comentá-los aqui.
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